Um dia após o ocorrido, o idoso que foi levado no colo para sacar o dinheiro da aposentadoria veio a óbito.
Idoso é levado no colo para sacar dinheiro e provar que realmente estava vivo em uma agência do Banco do Brasil da Lapa, na região metropolitana de Curitiba. Nas imagens, é possível ver que o idoso, de 90 anos, estava extremamente debilitado.
O vídeo foi gravado por outra filha de seu Wilson. De acordo com Simara Bitencourt, o pai precisava receber o dinheiro da aposentadoria que havia sido bloqueado pelo banco, mas, para isto, era necessário provar que estava vivo.
Idoso de 90 anos é levado no colo para sacar dinheiro da aposentadoria, na Lapa
Segundo Simara, o pai estava muito fraco e há meses só ficava na cama. Devido a isso, ela perguntou aos funcionários do banco se alguém poderia ir até o carro para verificar que seu Wilson realmente estava ali. A resposta foi negativa.
De acordo com o gerente que realizou o atendimento, o banco não poderia quebrar o protocolo, e seria indispensável a presença de seu Wilson para retirar o dinheiro.
Diante da situação, a única forma encontrada pela família foi carregar o pai no colo até a agência. “É a coisa mais horrível que eu já tive que fazer na minha vida. Ver meu pai sendo carregado por causa de uma coisa que ele precisa fazer, que ele precisa receber. O dinheiro dele está nesse banco. No Banco do Brasil da Lapa”.
Idoso morreu um dia após o ocorrido
Conforme informações da família, Wilson veio a óbito um dia após a situação registrada em vídeo pela família. “É inadmissível o que aconteceu com o meu pai. Nesta manhã o meu pai faleceu (…). Não quero que família nenhuma passe por isso. Esse é o meu grito pedindo justiça, pedindo respeito, pedindo mais amor ao próximo, e que as pessoas se coloquem no lugar do outro quando atende um público porque essa pessoa que não levantou da mesa para ver um idoso que tava no carro um dia pode se ver nessa situação que eu me vi”.
Especialista fala sobre o caso no estúdio do Paraná no Ar
Nesta quarta-feira (3), o presidente da comissão de direito previdenciário da OAB, Leandro Pereira, esclareceu dúvidas sobre o ocorrido.
Por fim, o RIC Mais solicitou uma nota ao Banco do Brasil, mas até o momento não obtivemos retorno.